Ó marinheiro que vais pra marinha
Toma cautela não caias ao mar.
Olha que a vida da guerra é só uma
E tu a mim tens que voltar.
Há nove meses que me enganaste
E me deixaste nesta escuridão
Hei-de ir ao sol amor hei-de ir à lua,
Mas nunca nunca te darei perdão.
Mas se um dia te chegar a ver
A mendigares pedindo pão,
Dar-te-ei esmola como a qualquer pobre,
Mas nunca nunca te darei perdão.
E se algum dia te chegar a ver
Preso em alguma prisão,
Irei te ver como a qualquer preso,
Mas nunca nunca te darei perdão.
Mas se algum dia te chegar a ver,
Morto estendido naquele caixão.
Dar-te hei um beijo de eterna saudade
Mas só aí eu te darei perdão.
Mas só aí eu te darei perdão.
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