Pastora. Adeus
Zé Gil. Onde vais com o teu cantil?
Pastor. E tu
Maria da Graça. Onde vais co a tua cabaça?
Ela. Eu? Pra
serra guardar o meu rebanho. E tu?
Ele. Eu também.
Ela. Ouve.
Antes de irmos queres cantar uma cantiga?
Ele. Porque
não? Vamos a ela.
Pastora
canta:
Ao moinho do
abadio.
Tu partiste uma
vela.
E partiste-lhe
a cabeça.
Quando ela
estava à janela.
Pastor
canta:
Estava atirar
ao meu gado
Foi nessa
maldita hora.
Pra que estava
ela à janela,
Com a cabeça de
fora.
Os dois
dançando:
Barqueiro não
paga a barqueiro,
Escuta Zé Gil
tu serás um trocha.
Vai-lhe partir
outro chifre,
E ficas depois
com uma cabra mocha.
Pastora:
À perna da
minha ovelha.
Tu com uma
pedra atiraste,
E disseste à
minha mãe
Que não foste
tu que a quebraste.
Pastor:
E tu partiste
um chifre
À minha cabra e
fugiste.
E disseste ao
meu patrão
Que não foste
tu que o partiste.
Os dois
dançando:
Barqueiro…
Pastora:
E tu domingo à
tarde.
Ali naquele
baldio,
Deixaste ir as
ovelhas.
Para o couval
do meu tio.
Pastor:
E tu lá em
baixo na horta.
Digo-te isto
não é por mal.
Andavas na
brincadeira
E as ovelhas no
couval.
Os dois
dançando
Barqueiro...
Barqueiro...
Sem comentários:
Enviar um comentário