quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A Cachaça

Você pensa que a cachaça é água
A cachaça não é água não.
A cachaça vem do alambique
E a água vem do ribeirão.

Pode  me faltar na vida
O arroz o feijão e o pão.
Pode me faltar a manteiga
Mas a cachaça não me falta não

Você pensa que a cachaça é água
A cachaça não é água não.
A cachaça vem do alambique
E a água vem do ribeirão.

Pode-me faltar o amor
Disto até acho graça.
Só não quero que me falte
A danada da cachaça

   

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Tiro Liro Liro

Lá em cima está o Tiro liro Liro
Lá em baixa está o Tiro Liro Ló
Sentaram-se os dois à esquina
A tocar a concertina a dançar o solidó.


Comadre linda comadre
Ai eu gosto da sua pequena
É bonita apresenta-se bem
O melhor que ela tem
É uma face morena.


Comadre linda comadre
Ai eu gosto da sua criada
É bonita apresenta-se bem
O melhor que ela tem
É uma face corada.


Comadre linda comadre
Ai leve o seu marido à festa.
É bonito apresenta-se bem
O melhor que ele tem
É um cravo na testa.


Lá em cima está o Tiro Liro  liro
Lá em baixo está o Tiro Liro ló
Sentaram-se os dois à esquina
A tocar a concertina a dançar o solidó

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Maria Vai

 Maria  vai com as outras
Com as outras raparigas
À romaria da serra
Que eu não te posso levar.

Maria vai com as outras
Mas tu não vás na  cantiga.
Dos rapazes cá da terra
Que te podem enganar.

Refrão:
Maria vai
Mas volta toda  inteirinha
Porque a filha do teu pai
Há muito que é toda minha.


Maria segura a saia
E não bailes com doidice,
Que às vezes podes sem querer
Mostrar a combinação

Maria olha lá não caias
Não caias na patetice
De um momento sequer
A outro dares atenção.

Refrão


Maria  vai com as outras
À romaria da serra.
Ao passar a procissão
Reza uma Avé Maria.

Maria agora me lembro
Que tenho em ti confiança.
Mas pelo sim pelo não
Vou contigo à romaria.

Refrão


Maria vai
Mas volta toda inteirinha
Porque a filha do teu pai
Há muito que é toda minha.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Esta Lisboa Bendita

É Lisboa, venham vê-la
São de sonhos as graças que encerra!
Só Deus sabe se foi estrela
E baixou lá de Céu à terra.

Tem craveiros à janela;
No amor é leal ardente.
A falar não há voz mais bela
A  cantar não há voz mais quente.

Refrão:
Esta Lisboa bendita
Feita cristã pra viver
É a  menina  bonita.
De quem tem olhos pra ver.
Moira sem alma nem lei,
Quis dar-lhe o Céu cor e luz
E o nosso primeiro rei
Deu-lhe nova grei
E o sinal da cruz.


Nas airosas caravelas
Tempo após com génio profundo.
Cruz sangrando, sobre as velas
Portugal dilatou o Mundo.

E a Lisboa ribeirinha
Ao impor a sua cruz na guerra
Foi então a gentil rainha
Ante a qual se curvou a Terra.

Retrão
Esta  Lisboa  Bendita
Feita cristã pra viver
É a menina bonita,
De quem tem olhos pra ver.
Moira sem alma nem lei
Quis dar-lhe o Ceú cor e luz,
E o nosso primeiro rei,
Deu-lhe nova grei
 E o sinal da cruz. 




segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cachopa do Minho

De corpete e arrecadas
saias bordadas blusas de linho.
Não há mulher com mais  graça
Nem com mais raça do que a do Minho.
Caminhando aos arremesses,
Pequena de cor trigueira
Traz nos olhos travessos
Uma promessa brejeira

Refrão:
Cachopa do Minho que Deus te abençoa
Deixa o teu cantinho vem até Lisboa.
Mostrar como bailam as tuas chinelas
Ver os lisboetas andar atrás delas.

Assim gaiata e bonita
Muito catita toda corada.
Entre o louro das espigas
Brotas cantigas na desfolhada.
O sol sorrindo na eira
Ao ver-te com tal encanto.
Vai cantar à tua beira
O mesmo vira que eu canto.

Refrão

Em dias de romaria
Com alegria bailas no adro.
Com um rapaz que há-de ser
Se Deus quiser o teu namorado
E então nas voltas do vira
Minha cabeça de vento.
Enquanto o rapaz suspira
Tu pensas no casamento.

Refrão:

Cachopa do Minho que Deus te abençoa
Deixa o teu cantinho vem até Lisboa.
Mostrar como bailam as tuas chinelas
Ver os lisboetas andar atrás delas.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Lisboa dos Milagres

Lisboa gaiata de chinela no pé
Lisboa travessa que linda que ela é.
Lisboa ladina que bailas a cantar,
Sereia pequenina que Deus guarde ao pé mar.


Lisboa vem pra rua que o Santo  António  é teu
São Pedro deu-te a lua e o mundo escureceu.
Comprei-te um manjerico e trago-te um balão
Em casa é que não fico ó meu rico São João.

REFRÃO
:
Lisboa gaiata de chinela no pé
Lisboa travessa que linda que ela é.
Lisboa ladina que bailas a cantar,
Sereia pequenina que Deus guarde ao pé do mar.


Lisboa faz surgir ai que milagre aquele
Cantigas a florir num cravo de papel.
Nos arcos enfeitados poisaram as estrelas
E há Anjos debruçados nos telhados das vielas.

REFRÃO:

Lisboa gaiata de chinela no pé
Lisboa travessa que linda que ela é
Lisboa ladina que bailas a cantar,
Sereia pequenina que Deus guarde ao pé do mar.