domingo, 29 de setembro de 2013

Rosa Branca

Ó que lindo par eu levo,
Aqui à minha direita.
Ó que linda Rosa branca
Que tão belo cheiro deita.

Que tão belo cheiro deita
Rosa branca de toucar.
Aqui à minha direita
Rosa branca é o meu par.


Rosa branca é o meu par,
Eu não quero mais ninguém.
Anda cá ó Rosa branca,
Hás-de ser sempre o meu bem.

Hás-de ser sempre o meu bem
Eu não quero outro par,
Rosa branca Rosa branca,
Anda cá vamos dançar


Sertaneja

Sertaneja, se eu pudesse
Se Nosso Senhor me desse
Um espaço p´ra voar
Eu corria a natureza
Acabava com a tristeza
Só p´ra não te ver chorar.
Na ilusão deste poema
Eu roubava um diadema
Lá do Céu p´ra te ofertar.
E onde a fonte rumoreja
Eu erguia a tua igreja
Dentro dela o teu altar.

Refrão:
Sertaneja:
Porque choras quando eu canto,
Sertaneja:
Se o meu canto é todo teu.
Sertaneja:
Pra secar os teus olhinhos,
Vem ouvir os passarinhos,
Que cantam mais do que eu.

A tristeza do teu pranto
É mais triste quando eu canto
A canção que eu te escrevi,
E os teus olhos nesse instante
Brilham mais que a mais brilhante
Das estrelas que eu já vi.
Sertaneja, vou-me embora
A saudade vem agora
A alegria vem depois.
Vou subir por essas serras
Construir lá noutras terras
Um cantinho pra nós dois.

Refrão


O Gafanhoto

O gafanhoto salta salta salta,
Às vezes voa voa voa voa voa.
Anda sozinho, sempre na farra.
Jamais saiu de braço dado com a patroa.
Anda sozinho, sempre na farra,
Jamais saiu de braço dado com a patroa.


Lá vai ele de casaquinha
De colarinho engomado
A piscar o seu olhinho esverdeado
Com a sua perna fina.
Asinha a dar a dar
Lá vai ele ar de traquina a passear.

Ai Cá Vai Sernada

A Sernada Folgazã tão cheiinha de vaidade
Aqui vai representada sua linda mocidade
Canta a marcha nesta festa,
Canta a marcha sem parar
Não há marcha como esta
Sernada vai a passar.

Refrão:
Ai cá vai Sernada,
Desfila a rir com o coração à toa.
Ai cá vai Sernada.
Cantar e rir assim é a gente boa,
Moças catitas tem ela aos molhos.
Faces bonitas, fogo nos olhos,
Cá vai Sernada Sernada vai a passar,
Na rua fica o calor do seu cantar.


 A Sernada sempre foi bercinho de almas finas,
Ó gente que nos fitais são assim estas meninas.
Nós vimos as nossas marchas contentes acompanhar
Somos modestos é certo somos modestos é certo
Nobres no nosso cantar

Refrão


sábado, 28 de setembro de 2013

As Pombinhas da Catrina

As pombinhas da Catrina
Andaram de mão em mão
Foram ter à quinta nova
Ao pombal de São João.


 Ao pombal de São João
À quinta da roseirinha
Minha mãe mandou-me
à fonte eu parti a cantarinha.


Ó minha mãe não me bata
Eu ainda sou pequenina
Não te bato porque achaste
As pombinhas da catrina.

Mocidade Em Flor

Mocidade em flor avante avante
Jesus cansa de tanto chamar
Cerrar fileiras com Jesus Infante
Contra o demónio cantar rezar.
 
O inimigo com alma ferina
Pra nossas almas consigo levar
Nós queremos seguir a Doutrina
Para o Céu a Jesus nos guiar.


É Festa É Festa É

Refrão:
É festa é festa é é festa é festa ai
O sol alegra a vida vai boa ó jovens cantai.
Um canto de alegria,
Nenhum tem mais que esta ai
Aqui reina a folia e viva alegria,
É dia de festa.

Ao som da música cá está Sernada
De braço dado mostram a sua beleza sim.
Nossa Senhora  nos bençoe
E deste povo faça um lindo jardi
Por isso vamos com devoção,
Mostrar as danças que exibimos com boa intenção.
Cantamos rimos sim não somos tristes não
Viva a Sernada e toda  povoação amada ai ai ai ai


Refrão:
É festa é festa é é festa é festa ai.
O sol alegra a vida vai boa ó jovens cantai
Um canto de alegria,
Nenhum tem mais que esta ai,
Aqui reina a folia e viva alegria,
É dia de festa.

Ao som da música cá está Sernada
De braço dado mostram a sua beleza sim.
Nossa Senhora nos abençoe
E deste povo faça um lindo jardim
Por isso vamos com devoção,
Mostrar as danças que exibimos com boa intenção
Cantamos rimos sim não somos tristes não
Viva a Sernada e toda  povoação amada
Ai ai ai ai

Refrão


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O Garoto da Rua

Vendo Jornais e Cautelas
Não tenho quem mande em mim,
Pelas ruas e vielas
Sempre me encontram assim.
Desconheço a minha idade
Meu nome não sei qual é,
Ando por toda a cidade
Faço parte da ralé.

Refrão:
Sou o garoto da rua,
Quando a Lua.
Está no Céu a pratear.
Ai diz-me a dura almofada
Um frio degrau de escada,
Garoto vai-te deitar.


Trago a roupa esfarrapada
Como o rancho dos quarteis.
E com esta vida airada,
Nunca me sujeito às leis.
Eu sou a guarda avançada
Em tantas revoluções,
A carne sacrificada
Pelo fogo dos canhões.

Refrão:
Sou o garoto da rua falcatrua
Para quem quiser roubar.
E quando peço esmola
Dizem logo mariola
Garoto vai trabalhar.


Vivi sempre entre canalha
Nunca tive educação
Foi assim que me criaram
Sem Deus nem religião.
Tão pequeno e já vadio
Um desgraçado vou dar
Não surgindo aí quem queira
O meu mal remediar.

Refrão:
Sou o garoto da rua mas estua
Neste peito a referver
A minha grande amizade
A quem diz por caridade
Vai a doutrina aprender.


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rica Avarenta

Sou rica bastante,
mas só um instante onde quer que estou.
O ouro que brilha e que seduzia jamais te saudou.

Dai-me uma esmolinha,
Pelo amor de Deus.
Terás outro prémio mais tarde nos Céus.

Tenhas tu juízo eu nada preciso, da esmola te dar.
Pedes pela rua pois a culpa é tua podes trabalhar.

Menina doente, que posso fazer,
Ai custa-me tanto a fome sofrer.

Vê lá se me deixas,
Com as tuas queixas eu não tenho fé.
Esmagas a fome que a ti te consome,
Não sei o que é.

Quando vim ao mundo, morreu minha mãe
Meu pai adorado faltou-me também.

Vem cá irmãzinha irmã pobrezinha,
Da graça de Deus, terás um beijinho
E em troca paterna nós somos irmãs.

Por esmola um beijo.
Há tanto que não tinha.
Pois já não me lembro que sou pobrezinha.

 

Chapéu Preto

Ó que lindo chapéu preto
Naquela cabeça vai
Ó que lindo rapazinho
Para genro de meu pai.

Refrão:
É mentira é mentira,
É mentira sim senhor.
Eu nunca pedi um beijo
Quem mo deu foi meu amor.

Chapéu preto não se usa
Quem o tem não é ninguém.
Que há-de o meu amor fazer
Ao chapéu preto que tem.

Refrão:

Eu comprei um chapéu preto
Para namorar de inverno.
O chapéu preto rompeu-se
O amor foi pró inferno.

Refrão:
É mentira é mentira
É mentira sim senhor
Eu nunca pedi um beijo
Quem mo deu foi meu amor.


Cartas de Amor

Como jurei, com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei a escrever para ti.
Cartas banais eram toda a razão do meu ser,
Cartas grandes extensas iguais
Ao meu grande sofrer.

Refrão:
Cartas de amor, quem as não tem
Cartas de amor ,pedaço de dor, sentido de alguém.
Cartas de amor ,andorinhas num vai e vem
Levam bens saudades minha
Cartas de amor quem as não tem.

Porem de ti, nem sequer uma carta de amor
Uma carta vulgar recebi para acalmar minha dor
Mas mesmo assim, eu pra ti não deixei de escrever
Pois bem sabes que tu para mim
És todo o meu viver.

Refrão:
Cartas de amor, quem as não tem,
Cartas de amor, pedaço de dor, sentido de alguém.
Cartas de amor, andorinhas num vai e vem
Levam bens saudades minhas,
Cartas de amor, quem as não tem.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

As Desfolhadas

As desfolhadas na aldeia
São cheias de vida e cor,
Até à luz da candeia
Se aspiram versos de amor,
Até à luz da candeia
Se aspiram versos de amor

Refrão:
Ai desfolhadas, lindas desfolhadas
Onde as raparigas vão todas lavadas,
Saiem de casa  preparam-se bem
Onde os seus amores lá irão também!
Saiem de casa  preparam-se bem
Onde os seus amores lá irão também.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Alecrim

Alecrim  alecrim  aos molhos
Por causa de ti choram os meus olhos
Ai meu amor quem te disse a ti
Que a flor do monte era o alecrim.


Alecrim alecrim doirado
Que nasce no monte sem ser semeado
Ai meu amor quem te disse a ti
Que a flor do monte era o alecrim.


sábado, 21 de setembro de 2013

Ó Rosinha do Meio

Ó Rosinha, ó Rosinha do meio 
Vem comigo à eira malhar o centeio! 
O centeio, o centeio, a cevada,
Ó Rosinha, minha namorada!


Ó Rosinha ó Rosinha trigueira,
És a mais bonita garota da eira!
Lá na eira malhando a cevada,
Ó Rosinha ficas mais corada. 


Olha a Mala

Eu um dia fui à praia
De manhã de manhãzinha
Não vi pescador nem peixe
Só lá vi uma malinha.

Refrão:
Olha a mala olha a mala,
Olha a malinha de mão.
Não é tua nem é minha
É do nosso hidroavião

É do nosso hidroavião
É da madeira mais fina
Foi cair a Nazaré
Por falta de gasolina

Refrão:
Olha a mala olha a mala
Olha a malinha de mão
Não é tua nem é minha
É do nosso hidroavião.

A Lenha da Macieira

A lenha da macieira,
Parte toda aos cabaquinhos
Acudam aos namorados,
Que se matam com beijinhos.
 
Refrão:
Pois não é assim,
Assim é que não é.
Pois não é assim
Que a menina bate o pé.
 
Anda lá que eu te ajudo,
A cantar se eu souber.
Eu não sei ao que me arrisco,
Será ao que Deus quiser.
 
Refrão:
Pois não é assim,
Assim é que não é.
Pois não é assim
Que a menina bate o pé.
 

Canta Amigo Canta

Refrão:
Canta amigo canta,
Vem cantar a nossa canção
Tu sozinho não és nada
Juntos temos o mundo na mão.

Erguer a voz a cantar
É força de quem é novo
Viver sempre a esperar
Fraqueza de quem é povo.

Vives em casa de tábuas
Á espera de um novo dia
Enquanto  que a terra engole
A tua antiga alegria.

Refrão

 O teu corpo é um barco
Que não tem leme nem velas
A tua vida é uma casa
Sem portas e sem janelas.
Não vás ao sabor do vento
Aprende a canção da esperança
Vem semear tempestades
Se queres colher a bonança.

Refrão

Já que me chamas amigo
Prova-me lá que o és
Vem para a ceifa comigo
Na terra sujar os pés.

Eu vou contigo pro campo
Eu vou comer do teu pão
Tu dás-me a força da vida
E eu dou-te a minha canção.

 Refrão

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Rosa da Alexandria

Ó rosa ó linda rosa
Ó rosa da Alexandria
Tu és a mais linda rosa
Que andavas na romaria

Ó rosa ó linda rosa
Ó linda rosa encarnada
Tu és a mais linda rosa
Por estas terras criada

A moça para ser moça
Há-de chamar-se Maria
A rosa para ser rosa
Ha-de ser de Alexandria.


O Mar Enrola na Areia

Refrão:
O mar enrola na areia
Ninguém sabe oque ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente feliz.

Ó mar tu és um leão
Ai a todos queres comer,
Não sei como os homens podem
Ai as tuas ondas vencer.

Refrão

Ouvi cantar a sereia
Ai ao largo daquele mar.
Muitos navios se perdem
Ai ao som daquele cantar.

Refrão

Até o mar é casado
Ai até o mar tem mulher,
É casado com a areia
Ai dá-lhe beijos quando quer.

Refrão

Até o mar é casado
Ai até o mar tem filhinhos,
É casado com a areia
Ai os filhos são os peixinhos.

Refrão:
O mar enrola na areia
Ninguém sabe oque ele diz,
Bate na areia e desmaia
Porque se sente feliz.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Marcha do Lusito

Somos pequenos Lusitos
Mas já firmes e leais
Amamos e respeitamos
Nossos  chefes nossos pais.
Temos pela Pátria amor
E esperança no porvir
Desejamos já ser grandes
Pró nosso dever cumprir.


Cabeça erguida sereno olhar
Seguindo em frente a marchar
Somos pequenos mas amanhã
Juntos  iremos triunfar.
E se algum dia preciso for
Ir combater pela nação
Iremos com a fé em Deus
E a Pátria no coração.


Desfolhei o Malmequer

Ó malmequer mentiroso
Quem te ensinou a mentir?
Tu dizes que me quer bem
Quem de mim anda a fugir.


Refrão:
Desfolhei o malmequer
Num lindo jardim de Santarém
Malmequer bem-me-quer
Muito longe está quem me quer bem

Coitado do Malmequer
Que não faz mal a ninguém
São todos a desfolhá-lo
Só pra ver quem lhe quer bem

Refrão

Malmequer não é constante
Malmequer muito varia
Vinte folhas dizem morte
Treze dizem alegria.

Refrão

Era o Vinho

Era o vinho meu Deus era o vinho,
Era o vinho que eu mais adorava.
Só por morte meu Deus só por morte,
Só por morte o vinho deixava.
 
Ai eu hei-de morrer na adega,
Ai o tonel é o meu caixão.
Ai hei-de levar de mortalha,
Ai um copo cheio na mão.
 
Ai rapazes quando eu morrer,
Ai enterrai-me numa vinha.
Ai façam a cova bem funda,
Ai deitem-lhe vinho por cima.
 
Ai rapazes quando morrer,
Ai não quero choros nem gritos.
Ai só quero à minha beira,
Ai um pipo de cinco litros.


sábado, 14 de setembro de 2013

Aquele Rapazinho

Aquele rapazinho da calça encarnada
Já me procurou se eu era casada
Se eu era casada  não sou
Aquele rapazinho já me procurou 


Refrão:
Aperta-me esse corpinho
Dá –me nó nesse cordão
Esse corpinho bem feito
Inda me há-de vir à mão.

Aquela menina da saia amarela
Já me procurou se eu ia com ela
Se eu ia com ela com ela não vou
Aquela menina já me procurou.
Refrão

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Apita o Comboio


Refrão:
Apita o comboio lá vai a apitar
Apita o comboio à beira do mar
À beira do mar mesmo à beirinha
Apita o comboio no centro da linha


Apita o comboio que coisa tão linda
Apita o comboio perto de Coimbra

Refrão
Apita o comboio sobre o rio Torto
Apita o comboio ao chegar ao Porto

Refrão
Apita o comboio logo de manhã
Vai cheio de moças para a Covilhã

Refrão
Apita o comboio também lá vou eu
Apita o comboio perto de Viseu.

Refrão

Apita o comboio que coisa tão boa
Apita o comboio perto de Lisboa

Refrão:
Apita o comboio lá vai a apitar
Apita o comboio à beira do mar
À beira do mar mesmo à beirinha
Apita o comboio no centro da linha

A Terra da Maria

Trago os meus sonhos
Há tanto tempo guardados,
Eu já nem sei onde quero estar agora,
Quero ficar mas no fundo tenho pena,
Dos olhos duma pequena,
Que me fazem ir embora.


Refrão:
Eu vou eu vou lá pra terra da Maria
Eu vou eu vou lá pra terra da Maria
Se quiser venha comigo,
Pois eu volto qualquer dia


Quando parti, disse adeus à minha terra,
Vinha contente, vinha cheio de ambição,
Mas hoje eu penso  que às vezes a gente erra,
Não há dinheiro que pague,
A paz do meu coração.

Refrão

Talvez encontre dois braços à minha espera,
E nem exista mais a casa onde nasci,
Mas mesmo assim eu vou ao encontro dela
E talvez nem mais se lembre
Do dia em que eu parti

Refrão