quarta-feira, 5 de março de 2014

Ó Marinheiro

Ó marinheiro que vais pra marinha  
Toma cautela não caias  ao mar.
Olha que a vida da guerra é só uma
E tu a mim tens que voltar.

Há nove meses que me enganaste
E me deixaste nesta escuridão
Hei-de ir ao sol amor hei-de ir à lua,
Mas nunca nunca te darei perdão.

Mas se um dia te chegar a ver
A mendigares pedindo pão,
Dar-te-ei esmola como a qualquer pobre,
Mas nunca nunca te darei perdão.

E se algum dia te chegar a ver
Preso em alguma prisão,
Irei te ver como a qualquer preso,
Mas nunca nunca te darei perdão.

Mas se algum dia te chegar a ver,
Morto estendido naquele caixão.
Dar-te hei um beijo de eterna saudade
Mas só aí eu te darei perdão.


Sem comentários:

Enviar um comentário