quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O Garoto da Rua

Vendo Jornais e Cautelas
Não tenho quem mande em mim,
Pelas ruas e vielas
Sempre me encontram assim.
Desconheço a minha idade
Meu nome não sei qual é,
Ando por toda a cidade
Faço parte da ralé.

Refrão:
Sou o garoto da rua,
Quando a Lua.
Está no Céu a pratear.
Ai diz-me a dura almofada
Um frio degrau de escada,
Garoto vai-te deitar.


Trago a roupa esfarrapada
Como o rancho dos quarteis.
E com esta vida airada,
Nunca me sujeito às leis.
Eu sou a guarda avançada
Em tantas revoluções,
A carne sacrificada
Pelo fogo dos canhões.

Refrão:
Sou o garoto da rua falcatrua
Para quem quiser roubar.
E quando peço esmola
Dizem logo mariola
Garoto vai trabalhar.


Vivi sempre entre canalha
Nunca tive educação
Foi assim que me criaram
Sem Deus nem religião.
Tão pequeno e já vadio
Um desgraçado vou dar
Não surgindo aí quem queira
O meu mal remediar.

Refrão:
Sou o garoto da rua mas estua
Neste peito a referver
A minha grande amizade
A quem diz por caridade
Vai a doutrina aprender.


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