quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rica Avarenta

Sou rica bastante,
mas só um instante onde quer que estou.
O ouro que brilha e que seduzia jamais te saudou.

Dai-me uma esmolinha,
Pelo amor de Deus.
Terás outro prémio mais tarde nos Céus.

Tenhas tu juízo eu nada preciso, da esmola te dar.
Pedes pela rua pois a culpa é tua podes trabalhar.

Menina doente, que posso fazer,
Ai custa-me tanto a fome sofrer.

Vê lá se me deixas,
Com as tuas queixas eu não tenho fé.
Esmagas a fome que a ti te consome,
Não sei o que é.

Quando vim ao mundo, morreu minha mãe
Meu pai adorado faltou-me também.

Vem cá irmãzinha irmã pobrezinha,
Da graça de Deus, terás um beijinho
E em troca paterna nós somos irmãs.

Por esmola um beijo.
Há tanto que não tinha.
Pois já não me lembro que sou pobrezinha.

 

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