quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Era o Vinho

Era o vinho meu Deus era o vinho,
Era o vinho que eu mais adorava.
Só por morte meu Deus só por morte,
Só por morte o vinho deixava.
 
Ai eu hei-de morrer na adega,
Ai o tonel é o meu caixão.
Ai hei-de levar de mortalha,
Ai um copo cheio na mão.
 
Ai rapazes quando eu morrer,
Ai enterrai-me numa vinha.
Ai façam a cova bem funda,
Ai deitem-lhe vinho por cima.
 
Ai rapazes quando morrer,
Ai não quero choros nem gritos.
Ai só quero à minha beira,
Ai um pipo de cinco litros.


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